Achei esta entrevista que dei em 2015 para uma empresa que até já encerrou as atividades (e o site onde tinha a entrevista). Vale a leitura pois o pensamento ainda é atual
Entrevista com Hugo Quinteiro
Entrevista com Hugo Quinteiro
Q - Hugo, conte um pouco sobre você: onde e quando você nasceu, como é
sua família e como foi sua infância. Que tipo de atividade você mais curtia
quando pequeno?
Eu nasci
dia 14 de dezembro de 1982 com 52cm e 4.360g em São Paulo num final de
primavera escaldante seguido por um verão mais quente ainda (conforme me
contaram). Sou filho de uma mineira descendente de espanhóis com um português o
que me faz 100% ibérico. Sou filho único e o conceito de família sempre foi
algo bem restrito na minha vida: basicamente faziam parte do meu convívio meus
pais e avós além de uma “tia” e seu filho (as aspas é porque ela é prima da
minha mãe).
O fato deu
ser muito grande e pesado desde que nasci obrigou a eu aprender logo cedo a ter
que andar e não poder contar com colo quando novo. Minha mãe trabalhava em uma
creche e eu a acompanhava e lembro de estar com sono voltando pra casa e minha
mãe dizer: você precisa andar porque eu não tenho força pra te carregar no
colo. Mas ela também me dava preciosos estímulos: sempre me levava a parquinhos
e me deixava escalar, subir em coisas, saltar, brincar etc. Lembro de uma vez
que fomos com uns primos no parquinho e eles eram lerdos, desajeitados (um até
foi “atropelado” por uma balança) e eu olhava e pensava: que crianças
estranhas.
Minha casa
também tinha um grande quintal (era grande pra mim na época) e eu sempre
brincava sozinho, plantava coisas num espaço com terra, olhava estrelas, brincava
com os vaga-lumes, arrumava alguma galinha ou galo de estimação e brincava com
o cachorro que nos acompanhou até eu fazer 17 anos. Na infância (até os cinco
anos mais ou menos), eu brincava muito sozinho por dois motivos: o primeiro era
porque eu era filho único, o segundo é porque eu era MUITO mais forte que
crianças da minha idade e isso sempre causava acidentes em que a outra criança
trombava em mim, por exemplo, caia no chão e se machucava inteira e eu ficava
em pé, olhando sem entender. Isso me fez ter mais contato com crianças mais
velhas, fortes e que “aguentavam” brincar comigo. Também brinquei muito na rua
como os outros meninos por volta dos sete anos e isso durou até os nove quando
comecei a fazer judô e isso me ensinou um conceito de disciplina e
responsabilidade com o esporte onde eu, voluntariamente, abri mão de brincar
com outros meninos e passei a treinar. Sobre atividade preferida, acho que não
tinha uma pois gostava de fazer e inventar um monte de coisas. Entre elas,
aprender xadrez aos cinco anos depois de encher as paciências do meu pai
pedindo pra ele me ensinar.
Q- Como foi sua Educação Física escolar? Se você pudesse hoje conversar
com seus professores daquele tempo, o que você diria?
Foi medíocre. Porém, creio que a
atividade que o profissional de educação
física pode fazer hoje dentro de uma escola e pelos recursos que ele conta, eu
diria que recebi o mínimo dos estímulos necessários (o que já é raro hoje
alguém receber). Eu tenho alguns dos meus professores de colégio no facebook e
acho que eles até lerão isso então, digo a eles: vocês são heróis
desconhecidos. Infelizmente sequer deixavam vocês dar uma nota numérica pra
gente (utilizavam aprovado em boa parte do ensino fundamental) e um sistema de
avaliação minimamente justo. E vocês, com uma bola, uma rede e uma quadra do
tamanho de um apartamento, conseguiam dar vivência motora as crianças.
Parabéns!
Q - Antes da faculdade, você praticou algum esporte? Como foi?
Eu fui atleta de judô dos 9 anos de idade até os 15 de
maneira ininterrupta. Depois parei um ano, voltei outro ano, parei de novo, só
voltei aos 22 anos e larguei de vez quando entrei na faculdade. Foi minha
primeira experiência competitiva e de sonhar em seguir em frente no esporte e
me tornar um atleta de elite. Porém, era um momento de grandes dificuldades
financeiras na família e não tínhamos condições de viajar pra competir ou até
mesmo garantir os gastos de uma criança em formação com uma carreira esportiva.
Porém, os ensinamentos de disciplina, respeito ao adversário, lidar com um
ambiente competitivo, treinar de maneira séria são coisas que ficaram marcadas
na minha vida pra sempre.
Q - Como foi a decisão de cursar Educação Física?
Ela teve a ver com dois planos: profissional e pessoal
Profissional porque eu não me sentia feliz sendo corretor de seguros
(acreditem, sou formado em um curso técnico e tenho carteirinha de corretor).
Não imaginava minha vida dentro de um escritório lidando com papel e deixando o
sedentarismo tomar conta da minha vida. Então esse era um ponto que eu tinha
vontade de mudar e não me sentia feliz.
Pessoal porque eu acabei voltando para o judô (entendam
voltar, pra mim, significa voltar a treinar E competir). Com tantos anos
sedentários, percebi que além de uma péssima resistência anaeróbia eu tinha me
tornado algo que nunca fui comparado a pessoas da mesma idade e peso: fraco.
Por isso, resolvi procurar a musculação e encontrei uma academia tradicional
perto de casa onde acabei treinando por oito anos. Ter conhecido o dono me fez
acreditar que era possível mudar de área e fazer algo que eu realmente gostava:
cursar educação física e admitir isso a mim mesmo (comecei o curso tarde, aos
25 anos).
Q - Carreira acadêmica:
conte sobre sua experiência com o mestrado e suas conclusões sobre a carreira.
Eu decidi fazer mestrado em 2008 quando conheci o Prof. Ms. Leandro
Afonso na disciplina de fisiologia do exercício. Era um momento de franca
expansão do ensino superior no Brasil e a possibilidade de criar uma pergunta
científica, selecionar métodos para respondê-la e, com isso, aumentar o próprio
conhecimento e de toda a comunidade era algo que me fascinava como o menino que
era na infância brincando no quintal, criando coisas e desmontando os aparelhos
eletrônicos que meus pais me davam antes de jogar fora. Com isso, decidi não
parar de estudar até completar o mestrado. A ideia original seria não parar até
o doutorado, mas a atual política do Brasil transforma o professor doutor num
“elefante branco”.
No mestrado, aprendi o que é fazer ciência como carreira
profissional. Isso muda o conceito de uma ciência romântica movida a ideias
realmente originais e que são voltadas a mudar pra melhor a vida das pessoas. A
ciência tem seu sistema próprio de organização e esse sistema obriga o
pesquisador a ser um burocrata que lida com papéis, bolsas, financiamentos,
agências de fomentos de pesquisa, prazos e com uma brutal pressão por
publicações. Ou seja, a ciência existe para resolver os problemas dela e dos
seus envolvidos, não os problemas do mundo.
Minhas conclusões atuais sobre a ciência são: num pais
subdesenvolvido com graves problemas políticos e administrativos, não se cria
algo realmente relevante a ponto de mudar pra melhor a vida das pessoas que
sofrem com doenças crônicas não-transmissiveis (que foi minha área de
pesquisa). O que se faz em ciência no Brasil hoje sobre esse tema é gerenciar o
sofrimento do paciente para prolongar sua vida doente (o foco não está na
cura). E, pelo que vi, mundialmente também não está.
Q - "Construindo a
ponte entre ciência e prática": por que é tão difícil no treinamento
esportivo?
Porque as perguntas realmente pertinentes que deveriam ser
levadas a um laboratório e estudada não são. Isso acontece por uma série de
motivos e um deles é a falta de dinheiro. Um outro, creio que até mais
importante, é a falta de duas carreiras no país: treinador desportivo e
cientista do esporte. O primeiro, existe basicamente dentro do futebol e de
forma caricata: ex-atleta, semi-analfabeto, sem formação científica que
reproduz um modelo de treino baseado naquilo que viveu (que foi baseado naquilo
que outra pessoa viveu, ou seja, 100% empírico). No outro lado, a falta de
centros olímpicos de detecção e seleção de talentos não gera a demanda pela formação
de cientistas do esporte. Sem demanda, não tem carreira porque ninguém estuda
um doutorado numa área que não existe aplicação só pra ser diferente. Doutores
precisam pagar contas como qualquer pessoa e, no fim, o mercado não gerando
demanda não gera dinheiro envolvido também. Um terceiro é a falta de
equipamentos para estudar fenômenos. Um exemplo disso é que hoje, quem
conseguir responder como ocorre o mecanismo molecular de uma supercompensação
ou um overtraining ganha certamente o Nobel. Só que não existem ferramentas
para mensurar variáveis ou expor voluntários de maneira segura ao fenômeno a
ser estudado. Um quarto motivo: o profissional que faz ciência não tem
experiência prática no treinamento e, muitas vezes, nem humildade para aprender
ou perguntar o que é relevante para um treinador saber. Como disse acima,
ciência se importa com os problemas dela, não com os do mundo, lembram?
Q - Qual sua opinião
sobre a regulamentação profissional? Considerando que há países onde não há
requisito legal algum e no Brasil o requisito é rigoroso e regulamentado, o que
é melhor para a sociedade?
As vezes penso que essa pergunta deveria vir acompanhada de
uma pergunta prévia bem respondida: qual o papel da educação física na
sociedade? Hoje, creio que o maior problema da educação física é a falta de
identidade. Na escola, somos a disciplina “a parte” que não tem prova, não
existe reprovação nem obrigatoriedade de frequência e aula teórica é um
sacrilégio. Na área da saúde, carregamos o estereótipo de ignorantes que adoram
fazer bagunça e tem a obrigação de deixar os alunos felizes ao final da aula.
Enfim, não temos respeito profissional nem identidade.
Conhecendo o default das autarquias brasileiras, o mais
barato e econômico para todos seria não existir nenhum conselho profissional.
Porém, a falta de aplicação de leis e o costume da população em ter um
estado-babá que “cuida” da população obriga, pelo menos a médio prazo, a
existência de um conselho que fiscalize minimamente a atuação profissional.
Resumindo minha opinião: o melhor para sociedade deveria ser
a não regulamentação porém com duríssimas leis que efetivamente punam o
profissional que cometesse uma irregularidade. Isso geraria um menor gasto publico-privado
e uma busca de conhecimento pelo profissional que resolvesse atuar na profissão.
Porém, com um mercado que não sabe sequer o que é qualidade em uma profissão
sem identidade como a educação física, somado a um judiciário ineficiente e um
estado que não pune, faz com que a presença de um conselho que fiscalize tudo
isso seja um mal necessário que onera todo o sistema mas gera alguma
regulamentação.
Q - Como você se define como treinador? O que é ser treinador para você?
Ser treinador pra mim é como um
taxista: ele conhece caminhos, conhece atalhos e sabe levar o passageiro onde
ele precisa no menor tempo possível. Pra isso, você deve saber dirigir
(habilitação profissional), ter noções de como é a mecânica do carro e conhecer
o caminho (aliar conhecimento científico com vivência), conhecer atalhos (feeling
pessoal e improvisação) e, principalmente, entender que o passageiro precisa
chegar no prazo (periodização). Por
isso, me defino como um treinador em início de carreira porque ainda estou num
processo de criação do feeling pessoal, da maneira de improvisar e de adquirir
uma longa vivência no esporte.
Q - Musculação: o que é isso para você? Se você tivesse que transformar a
as salas de musculação no seu ideal, como faria?
Eu escrevi um texto sobre o que é a
sala de musculação pra mim comparando com a matrix (http://bases-fisiologicas.blogspot.com.br/2015/03/matrix.html).
A musculação tradicional vende hoje o suprassumo da alienação corporal em forma
de atividade física onde a alienação corporal do aluno por movimentos perdidos
ao longo de um dia inteiro sentado num escritório lidando com máquinas é incentivado
na academia onde ele chega e tem mais máquinas pra empurrar. Ao meu ver, isso é
literalmente a revolução das máquinas acontecendo e as pessoas não estão se
dando conta.
Se eu tivesse que transformar uma
sala de musculação, eu começaria por onde eu acredito que toda a sociedade deva
se transformar: através da EDUCAÇÃO. Educaria e investiria no profissional que
atuará nessa sala. Com conhecimento, ele ensina o aluno e se vê livre das
máquinas pois tem recursos intelectuais para lidar com o movimento livre. Isso
acabaria com os “não pode agachar”, “supino com pés pra cima pra não lesionar a
lombar” e “terra é perigoso”. Isso acontece porque os profissionais têm MEDO do
desconhecido porque nunca viveram isso. Não viveram porque não tiveram na sua
formação (não canso de dizer que eu tive UMA aula prática e uma teórica de
musculação na graduação inteira). Muitos profissionais atuam no mercado apenas
com essa informação e mais algumas horinhas lendo literatura não qualificada
(porque também não aprendeu a buscar literatura científica de qualidade).
Q - Powerlifting: como
entrou e onde ele fica na sua vida?
O powerlifting entrou na minha vida sem querer no meio do mestrado. Já gostava de musculação, conheci alguns atletas e resolvi participar de um campeonato dois meses antes de defender meu mestrado. A surpresa de ter vencido e a possibilidade de voltar a ser um atleta de elite (coisa que abri mão no judô no passado) me reacendeu a chama pelo esporte.
O powerlifting entrou na minha vida sem querer no meio do mestrado. Já gostava de musculação, conheci alguns atletas e resolvi participar de um campeonato dois meses antes de defender meu mestrado. A surpresa de ter vencido e a possibilidade de voltar a ser um atleta de elite (coisa que abri mão no judô no passado) me reacendeu a chama pelo esporte.
Responder onde ele fica na minha vida
é fácil: esse esporte não fez concessões a mim. Ele me deu TUDO que eu desejei
até agora por isso eu faço tudo que for necessário pra ele. Desde treinar o que
for preciso treinar, arcar com todos os custos de viagem, alimentação e outros
custos da minha vida de atleta até organizar campeonatos exclusivamente para
dar possibilidade de outros atletas viverem o que eu vivo.
Q - Powerlifting é um
esporte "chato" para muitos que assistem sem entender. Você acha que
deve haver um esforço de popularização?
Na verdade, até eu acho chato de
assistir (risos). A emoção desse esporte é muito individual: cada atleta
caminha até a barra carregada por um peso escolhido por ele para executar um
único movimento que terá uma relação de transcendência e experiência totalmente
única mas, pra quem está de fora, é só um cara agachando seguido de outro cara
agachando e depois a mesma coisa no supino e depois no terra. Admito que, em
todos os campeonatos online que assisti, acabei dormindo em algum momento. Os
presenciais têm um pouco mais de graça porque você aprende muito: profundidade
de agachamento, formas de julgar, estratégias de levantador e o papel do
treinador como diferencial para vitória (ou derrota) de um atleta. Porém, tudo
isso são detalhes que o grande público não se interessa.
Não creio que deva haver um espaço
para popularização do esporte pois isso pode modificar muito as regras e
características de um esporte como o powerlifting. Um exemplo de popularização que
modificou radicalmente um esporte foi o que fizeram com o vôlei: para tornar
mais atrativo, retiraram a vantagem, aumentaram o número de pontos e, com isso,
até as exigências de capacidade física e composição corporal dos atletas
mudaram. E o pior: o dinheiro a mais que o esporte ganhou com sua popularização
não foi revertida exclusivamente para os atletas e comissão técnica. Recentes
escândalos de desvio de verba feita por dirigentes mostram que, infelizmente,
mais dinheiro é igual a mais roubo.
Q- Se não é para ser um "esporte de
massas", para que serve o powerlifting? Tem que servir para alguma coisa?
Serve par entender um dos fenômenos que mais intriga e
fascina o ser humano ao longo de sua história: a expressão máxima de força.
Esse esporte acaba criando modelos de periodização que, se corretamente
adaptados, servem para preparação desportiva de qualquer esporte pois ajuda a
ter ganhos importantes de força e essa variável tem se mostrado cada vez mais
importante na diminuição de lesão e de aumento da capacidade de trabalho dos
atletas. Nos últimos 30 anos de pesquisa com esportes, a preparação física se
mostrou o grande diferencial de performance de qualquer atleta e essa evolução
veio acompanhada de uma diminuição da importância do treinamento aeróbio e de
uma ascensão do treinamento resistido e do ganho de força. Portanto, entender a
máxima expressão dessa variável nos ajudará a criar soluções para diversos
enigmas esportivos. Se fosse um laboratório de pesquisa, powerlifters seriam
modelos experimentais. E modelos experimentais são o alicerce da pesquisa
básica no mundo.
Q - Quais são as suas referências no treinamento físico?
Começarei com dois dos principais: Swede Burns e Louie
Simmons. Faço um parênteses a toda a escola russa de treinamento que
transformou o amadorismo e casualidade em ciência e uma máquina de resultados e
conquistas olímpicas. Citarei Yuri Verkhoshansky apenas por ser um dos meus
preferidos dessa magnífica escola.
Q – O que é ser atleta para você? O que
você diria para quem quer se tornar um?
Ser
atleta significa fazer uma escolha: nessa escolha, você deve ponderar se tudo
que você abrirá mão vai valer o sacrifício. A medalha é apenas um pedaço de
metal com uma fita pra facilitar seu transporte. O que a pessoa tem que pensar
é se o significado daquilo vai valer a pena pra você. Significa pra você ser
campeão do mundo? Significa pra você quebrar um recorde mundial? Se a resposta
pra essas perguntas forem sim, se pergunte: Vale a pena abrir mão de uma “vida
social”? Vale a pena conviver todo dia com dores que a maioria das pessoas vai
ao hospital e faltam ao trabalho? Vale a pena passar centenas de horas por ano
dentro de uma sala treinando, com pouco apoio, somente para se preparar pra um
campeonato? Se tudo isso fizer sentido pra você, vá em frente.
Como
conselho pra um pretendente a se tornar atleta eu diria:
1-
Tenha um treinador e CONFIE nele. Não se pode dizer que o trabalho de alguém é
bom ou ruim se você não se permitiu ser treinado por um ano competitivo
inteiro. E, por favor, SIGA EXATAMENTE o que ele disser para você fazer.
2-
Confie na sua periodização. Siga RIGOROSAMENTE sua planilha de treino. Não faça
UM ABDOMINAL sequer que não esteja prescrito para você naquela sessão de treino
(não importa se o treino ficaria mais dividido com esse abdominal a mais).
3-
Por mais que você seja um atleta de alto rendimento e uma exceção genética,
entenda que vitórias e derrotas são circunstanciais. Acordar num dia bom pode
fazer toda diferença na sua performance porque ninguém sabe como os mecanismos
de inibição e supercompensação funcionam.
4-
Anote seu treino e enxergue como cada sessão é como se fosse um tijolo que
construirá o prédio da sua vitória. Cada repetição importa e é uma oportunidade
de corrigir detalhes importantes e ganhar experiência. Aproveite e se divirta
com processo.