quinta-feira, 14 de maio de 2015

Periodização X Periodização Comparada. A diferença entre cursos.


Por Hugo Quinteiro



O motivo deste texto é explicar a abordagem pedagógica que adotamos no curso sobre periodização e evitar desvios que conflitam com ela. No Brasil, não existem muitos cursos de periodização no sentido stricto sensu. O que existe normalmente são cursos de periodização que apresentam um modelo de periodização mainstream qualquer, ou mesmo que comparam metodologias de treinamento e periodização (“periodização comparada”) Existem inúmeros sistemas, uns mais populares que outros. Eles são apresentados aos alunos pelo professor (que não desenvolveu nenhuma delas) e como essas metodologias de treinamento funcionam.
 
É admissível, nestes cursos, se prolongar nos detalhes deste ou daquele modelo ou sistema. Perguntas como “por que, no sistema de Wendler, a progressão é de 5 – 3- 1 e como se aplica”? cabem lá.
 
Nosso alunos estarão prestes a se deparar com o nosso módulo 4 de powerlifting: Periodização. Nesse curso, abordamos uma série de conceitos e citamos algumas metodologias existentes. Porém, o foco desse curso será explicar como funciona a NOSSA metodologia. Não vamos nos prender em explicar como funciona a metodologia de X ou Y treinador. Vamos explicar como funciona a nossa, porque ela funciona e quais lacunas de treinamento ela preenche e quais ela não preenche. Sim, porque TODA a metodologia trabalha em cima de muitos, mas muitos mecanismos que ninguém sabe como funciona. Só sabe que funciona.

Acho que esse é um grande diferencial que torna esse curso único: nossa metodologia não ensina um modelo único de treino. Ensina uma forma de pensar sobre periodização de força. Ensinaremos coisas para as quais nós não temos respostas ainda da ciência (e já adianto que essa é uma das áreas em que a produção científica ainda está bem longe de responder os problemas reais do dia a dia dos atletas ou dos fenômenos fisiológicos). Um exemplo simples: não se sabe como funciona o mecanismo de inibição/supercompensação. Já é uma dica: se tem algum guru por aí falando que sabe, ele está MENTINDO, ok? Até mesmo o mais simples: o que supercompensa num treino de força? É a adaptação neural? (não temos instrumentos metodológicos pra ver o fenômeno). É a resposta endócrina (não funciona em todos os humanos na mesma forma). É a hipertrofia miofibrilar? É a adaptação tendínea? Adaptação óssea? É a diminuição da reserva da força absoluta? NINGUÉM SABE!

               Portanto, venham preparados para lidar com o desconhecido. Venham com perguntas sobre a nossa metodologia porque não responderemos sobre a dos outros (se quiserem aprender sobre a dos outros, façam o curso deles). Venham prontos para pensar e gastar uns ATPs elaborando a periodização que vamos propor. Vamos nos divertir muito elaborando soluções para os problemas propostos.





1 comentário

Diego Cavalcante disse...

Excelente.

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