domingo, 15 de março de 2015

Matrix





Existe matrix. E muitas pessoas vivem nela. Uma geração de indivíduos que vão para academias em que se empurram máquinas e aparelhos sem o mínimo de sentido ou que sequer represente um movimento REAL que acontece no DIA A DIA do praticante ou que seja parte do seu acervo básico de movimento.

Essa forma de vender o treinamento existe por um simples motivo: dinheiro. Uma sala de academia convencional possui milhares de reais em aparelhos que foram vendidos por empresas poderosíssimas que possuem filiais em diversos países e só se interessam em aumentar cada vez mais seus ganhos. Os donos das redes de academia também só desejam ganhar mais dinheiro. Não se interessam com os benefícios que devem proporcionar a seus alunos e ganham seu dinheiro basicamente por dois processos: grande estratégia de marketing pra compensar a grande rotatividade de alunos e economia na mão de obra. Já que uma sala cheia de equipamentos permite que poucos e maus qualificados profissionais deem conta tranquilamente. O resto apenas torna o ambiente mais alienante e mais desqualificado para quem busca saúde e objetivos sérios de treino: tem música alta, clima de sociabilização elevado para permitir que o “bombado” e a “gostosa” se peguem, tem luzes coloridas pra fazer você perder qualquer informação temporal e esquecer se é dia ou noite e ficar com fome pra poder comprar os produtos da cantina, ou seja, um ambiente bom pra perder tempo e gastar dinheiro. Praticamente um shopping.

Mas esta não é a ÚNICA forma de treino. Existe uma verdade por trás desse modelo decadente. Existe a opção de tomar a pílula vermelha e sair da matrix. Porém, assim como no filme, é um caminho sem volta. Depois de sair desse tipo de ambiente, você nunca mais irá conseguir colocar os pés num lugar desses sem sentir uma mistura de desprezo pelos que ali ainda se encontram e alívio por ter saído dessa vida. Hoje já existem alguns modelos de academia que conseguiram romper completamente com esses valores e realmente fazer com que o treino seja só seu e que realmente atenda suas necessidades e expectativas. Hoje posso dizer que rompi com o modelo que tentaram me empurrar em que eu nunca me sentia confortável e que tinha a sensação que deveria buscar algo maior. Eu achei (tomei a pílula vermelha). Hoje eu (e muitos outros iguais a mim no mundo inteiro) treinamos em locais pequenos, muitas vezes domésticos, com a ajuda de parceiros de treino e que a única coisa que nos motiva é a LIBERDADE. Somos livres e donos dos nossos movimentos. Não nos alienamos corporalmente e conseguimos montar uma metodologia e espalhar a nossa visão pras pessoas.


E, acredite, eles estão conhecendo a verdade, se libertando da matrix, espalhando a nossa mensagem e desalienando seus alunos. Em breve, seremos muitos e mudaremos o conceito. Quem viver, verá. 

1 comentário

Unknown disse...

Sábias palavras e excelente texto. Me lembrou os livros de Brooks Kubick ( Dinossaur Training , salvo engano tem 2 volumes) , tem uma parte deles que diz mais ou menos assim :

''Tenho que ficar livre da falta das academias modernas e dos sem noção que nelas habitam, senão tornarme-ei LOUCO''

É que sentia quando ia treinar TODO dia antes de montar minha academia em casa.

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