quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EXERCICIO FÍSICO & HIV

Virus HIV

Por: Joyce Cardoso Lima

Sabemos que o HIV é uma doença contagiosa que atinge o sistema imunológico.

O sistema imunológico por sua vez, tem como função “combater” agentes como vírus e bactérias, a fim de manter a homeostasia.

Alguns autores fizeram vários experimentos para saber quais são os benefícios que os exercícios físicos aeróbios e anaeróbios podem promover ao portador de HIV.

As células CD4+ tem como sua principal função auxiliar o sistema imunológico e, sendo assim, aumenta a defesa do nosso organismo. Pessoas sadias tem uma quantidade dessas células, mas pessoas portadora do vírus do HIV, têm essas células em quantidades reduzidas, tendo como principal conseqüência o sistema imunológico defasado.

Por esses indivíduos estarem com o seu sistema imunológico em baixa, outras conseqüências tal problema podem trazer, como hipotonia muscular, distúrbios metabólicos, resistência a insulina, hipercolesterolemia, hipertriglicedemia, lipoatrofia periférica e o acúmulo de gordura visceral e central, todos vinculados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Indivíduos submetidos a uma série de exercícios, acabaram apresentando os seguintes resultados:

Exercícios aeróbios leves (50% a 65% Vo2máx): Não apresentaram mudanças nas quantidades das Células CD4+, e permaneceram diminuindo de acordo com o tempo.

Em relação ao outros problemas associados, como hipotonia muscular, distúrbios metabólicos etc, não apresentaram mudanças.

Exercícios aeróbios moderados (70% a 75% Vo2 máx): Apresentaram um aumento na produção das Células CD4+, não ofereceram prejuízo ao sistema imunológico, aprimoraram o condicionamento aeróbio dos pacientes, diminuiu os riscos cardiovasculares e diminuiu a resistência a insulina.

Exercícios aeróbios intensos (acima de 80% do Vo2máx): Por ser um exercício extenuante, comprometeu o sistema imunológico do paciente e teve um decréscimo significativo na produção das Células CD4+, e não ofereceu nenhum benefício aos outros problemas associados.

Outro grupo foi submetido á uma série de exercícios anaeróbios, e apresentaras os seguintes resultados:

Exercícios resistidos leves (60% a 65% 1RM): Não apresentaram mudanças nas quantidades das Células CD4+, e permaneceram diminuindo de acordo com o tempo.

Em relação ao outros problemas associados, como hipotonia muscular, distúrbios metabólicos etc, não apresentaram mudanças.

Exercícios resistidos moderados (70% a 80% 1RM): Apesar de não apresentarem mudanças nas Células CD4+, mais também não apresentaram decréscimo na produção da mesma, os resultados obtidos em relação aos outros problemas associados foram muito benéficos: aumento da massa magra, e a melhoria do IMC e MCM.

Exercícios resistidos intensos (acima de 85% 1RM): Por ser um exercício extenuante, comprometeu o sistema imunológico do paciente e teve um decréscimo significativo na produção das Células CD4+, e não ofereceu nenhum benefício aos outros problemas associados.

Portanto, tendo como referencia os resultados aqui apresentados, concluímos que atividades aeróbia moderada associada com atividades resistida moderada, colaboram na produção das Células CD4+, contribuindo assim efetivamente no sistema imunológico, e apresenta também a melhoria dos problemas associados, como a redução da hipotonia muscular, aumento da massa magra, regulação do IMC, aumento do condicionamento físico, diminuindo assim os riscos de doenças cardiovasculares entre outros.


* O sistema imunológico, também conhecido como sistema imunitário, compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores internos, como bactérias, vírus ou parasitas.


* As células T são um tipo de linfócitos (células brancas do sangue). Têm um importante papel no sistema imune. Há dois tipos de células T: células T-4, também chamadas CD4+ que são as defesas. Elas lideram o ataque contra as infecções. As células T-8 (CD8+) são células supressoras que terminam a resposta imune. As células CD8+ por vezes são chamadas células assassinas porque "matam" as células cancerosas e as células infectadas com um vírus.


Referências


PALERMO, C.G.P.; FEIJÓ, O.G. Revista Brasileira de Fisiologia do exercício, Vol 2, nº 3. Set/Dez 2003.


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